O tabagismo, doença crônica causada pela dependência à nicotina, gera a morte de 443 pessoas por dia no Brasil, cerca de 13% do total de óbitos no país (sem considerar a pandemia da Covid-19), de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Trata-se de um hábito que impacta todas as doenças, especialmente cânceres e as doenças cardíacas”, alerta o Dr. Fábio Cañellas, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul - SOCERGS. Ele ressalta ainda que trata-se de um grave fator de risco para a covid.
O tabagismo está presente em diversos produtos: cigarrilha, cigarro de palha, de sabores de chocolate, menta, canela, charuto, cachimbo, narguilé – cuja uma sessão de uma hora equivale a fumar cem cigarros tradicionais, entre outros. “Como há muitas campanhas de conscientização para evitar este vício, são criados muitos atrativos para seduzir novos públicos, mas, todos trazem malefícios à saúde, não há cigarro que não traga dano!”, alerta o médico.
Por ser um problema de saúde pública universal, desde 1987 foi criado o Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado nesta quinta, 31 de maio. “É um esforço conjunto de várias instituições de saúde para trazer a conscientização para um bem comum”, destaca o médico.
Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, o hábito de fumar está relacionado a 8 milhões de mortes por ano – dessas, cerca de 1,2 milhão são de fumantes passivos, ou seja, aquelas pessoas que não fumam mas, estão no mesmo ambiente onde são emitidas a fumaça tóxica. “O uso do tabaco é ainda a principal causa de morte evitável, por isso é preciso alertar e fazer campanhas para conscientizar a população. Por mais difícil que seja parar com o vício, hoje há tratamentos muito efetivos”, diz.
Para quem deseja parar de fumar, o Ministério da Saúde oferece orientações pelo telefone 136 e também é possível obter ajuda pelas unidades básicas de saúde de cada município.
