No Dia de Combate ao Sedentarismo cardiologistas lembram que o exercício físico é igualável a um medicamento eficaz

SOCERGS alerta para os malefícios do sedentarismo

10/03/2023

Nesta sexta-feira, 10 de março, é lembrado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo - um dos principais fatores de riscos que podem levar aos problemas cardiovasculares e impactar outras doenças. Mas, trata-se também de uma causa que pode ser modificada.

“Imagine que o exercício físico fosse uma medicação e as pessoas que a utilizassem, regularmente, fossem premiadas com 30% na redução da chance de morrer? Alguém se daria ao luxo de não utilizar essa medicação?”, questiona o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS), Luis Beck da Silva Neto. 

A partir desse comparativo didático e provocativo, o especialista demonstra que a atividade física está disponível para todos os públicos como apoio tanto para a saúde do corpo quanto da mente. Segundo ele, até a caminhada de baixa intensidade é um hábito com grandes benefícios: dez minutos de caminhada poderia ter até 15% no declínio da mortalidade. “Basta colocarmos um tênis e sair caminhando”, convida.

Dr. Beck incentiva a prática de exercícios ao ar livre mas, também, considera outros sistemas regulares de atividades físicas com bons resultados, como o apoio de um treinador, academia ou uma esteira em casa.

Um ganho importante associado ao exercício físico é a diminuição de 30% a 40% nas chances de desenvolvimento da síndrome metabólica ou diabetes tipo 2 - um dos fatores de risco mais relevantes no surgimento da doença cardiovascular, infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças vasculares. 

Dizer adeus ao sedentarismo, continua o médico, pode reduzir até 20% o risco de câncer de mama nas mulheres, além de 30% das chances de aparecimento do câncer de cólon. “Quanto estaríamos dispostos a pagar por um medicamento capaz de diminuir significativamente esses níveis?”, desafia o vice-presidente da SOCERGS.

 

Home Office e o sedentarismo

O diretor científico da SOCERGS, Dr. Leonardo Martins Pires lembra ainda que o trabalho em home office, uma prática que aumentou após a pandemia de Covid-19, piorou mais ainda a regularidade do exercício físico. “A atividade física tem importante impacto na saúde do coração. A pandemia parece ter deixado praticantes de exercício físico ‘bloqueados’, não conseguindo retornar a esse saudável hábito”, alerta e complementa: “Faz-se necessário os médicos se empenhem em retomar a orientação e prescrição de atividades físicas no pós-pandemia para seus pacientes.”

Dr. Martins Pires lembra que antes da pandemia, com as pessoas se utilizando dos transportes tradicionais, a caminhada já era reduzida, mas, “até este pouco deslocamento foi anulado no modelo home office”.

O diretor científico da SOCERGS reconhece que as longas jornadas de trabalho dificultam a prática dos exercícios físicos. “Não há tempo para uma prática de atividade física durante a semana”, diz. Contudo, reitera que não fazer exercícios físicos é um impacto muito negativo para a saúde das pessoas. “A falta de atividade física traz aumento de fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto, infarto e derrame.”

Se apenas sobram motivos para fazer exercícios físicos, como também os médicos da SOCERGS orientam que há uma variedade de modalidades que podem ser escolhidas. “Sabe-se hoje em dia que qualquer atividade física é válida. Encontre a sua preferida e vá em frente!”, aconselha o Dr. Leonardo Martins Pires.

 

Galeria de fotos

 

Contato
Obrigatório
E-mail inválido
Obrigatório
Obrigatório

Há campos com informação inválida.

Erro.
A mensagem não foi enviada.

Sua mensagem foi enviada.
Aguarde nosso contato.

Sair
Tela cheia
Voltar
Sair
Desenvolvido por msmidia.com e ABEV